Review | Person of Interest 1×09: “Get Carter”

Chegou o episódio que todos sabiam que viria! Finalmente o CPF da Detetive Carter (Taraji Henson) aparece na máquina, dando à Person of Interest um episódio com menos foco na sua dupla principal e com um pouco mais de destaque na personagem.

Desde as primeiras reviews de Person of Interest aqui no Supernovo, eu tenho batido na mesma tecla: a série é ótima, mas a Detetive Carter pisa na bola. Eu nunca consegui gostar da personagem, talvez por conta da atriz, talvez por conta do fato da Detetive não conseguir o seu espaço numa série iniciante que usava e abusava dos seus protagonistas para conquistar o público.

Agora que a personagem ganhou um episódio focado em si, começo a pensar diferente. Vou até mais além: a Detetive Carter é o “Harvey Dent” de Person of Interest. Explicarei minha teoria mais à frente.

Num resumo rápido do episódio, Reese (Jim Caviezel) e Mr. Finch (Michael Emerson) passam a seguir a Detetive após o número dela sair na Máquina. O problema é que Elias (Enrico Colantoni) está atrás de Carter e pretende assassiná-la de maneira “limpa”, usando algum dos casos que a detetive investiga para cometer o homicídio. As apostas são: Hector Álvarez, bandido que assassinou um garoto recentemente e ninguém tem coragem de testemunhar contra, e Mr. Kovach, um marido abusivo que espanca a mulher. Com a ajuda de Reese, Carter acaba prendendo os dois bandidos, para só então ser alvo da verdadeira arma de Elias, o informante C.B.

Durante todo o episódio tivemos flashbacks de Carter no seu tempo na Guerra do Iraque, onde ela trabalhou como interrogadora. Carter se envolveu demais com um caso: um homem entregou bombas para membros da Al-Qaeda e sabia onde a organização guardava seus explosivos, mas não contava. Nós vemos uma das principais características da Detetive (aquela que faz com que Reese simplesmente não cogite “perdê-la”): sua capacidade de empatia.

É a empatia de Carter que a coloca em sintonia com o terrorista, é a empatia de Carter que a faz sentir tanto a morte do garoto e é a empatia de Carter que a coloca em rota de colisão com o espancador. No fim, é também a empatia de Carter que a faz ser alvo de Elias e é a empatia de Carter que faz com que Reese a salve. A repetição da expressão “empatia de Carter” é intencional, pois foi como o episódio mostrou pra gente como a personagem funciona.

Carter faz, diariamente, o mesmo trabalho que Reese e Mr. Finch, só que do lado da lei, do “jeito certo”, jogando com todas as regras da sociedade. Tudo isso enquanto tenta criar um filho adolescente da melhor maneira possível. A personagem subiu no meu conceito (mas só um pouco.. :P) e ainda levou junto o grande vilão Elias, mais manipulador do que nunca.

Eu senti que o Mr. Finch praticamente não participou do episódio, enquanto Reese se mostrou muito emotivo (embora bem badass). Vai ficando mais evidente a diferença entre os dois. Enquanto Finch se mostra mais centrado na “missão” e no “bem maior”, Reese simplesmente não suportaria perder alguém como Carter ou outro “escolhido pela máquina”. Não sei não, mas acho que chegaremos num conflito entre os dois quando alguém morrer e as reações forem opostas.

Pra terminar e concluir o episódio com a citação que explica a teoria de que Carter é o Harvey Dent da série, fica uma singela frase:

Carter é a heroína que Nova York precisa, Reese é o herói que a cidade merece.

Não me olhem assim, um dos criadores da série foi roteirista do Batman. :)

Próximo episódio:

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