Review | Person of Interest 1×08 “Foe”

Depois de uma semana de folga, Reese (Jim Caviezel) e Mr. Finch (Michael Emerson) voltam com força total para salvar mais gente no novo episódio de Person of Interest.

Depois do acachapante episódio passado e uma semana de intervalo, Person of Interest volta a ser exibida e, melhor, volta a ser exibida com um ótimo episódio. Porém, como eu já estou elogiando demais, eu vou começar com os defeitos do episódio.

Em 2008 estreou nos EUA o seriado The Mentalist. Eu só fui assistir a série em 2009 e me encantei. Achei que eram alguns episódios bem legais e tudo mais. A primeira temporada foi incrível. Daí, a série adotou uma das características que eu menos gosto: abandonou a sua trama da temporada por praticamente todos os episódios, só abordando-a nos season premiere e season finale. Eu estou citando The Mentalist porque eu me lembrei muito da série vendo esse episódio de Person of Interest.

Para mim, Person vai seguir o mesmo esquema. Eu entendo perfeitamente que não chega a ser um defeito e sim um estilo de série muito popular nos EUA. O problema é que eu, pessoalmente, acabo não gostando desse estilo. O 8º episódio da série não tem ligação nenhuma com os outros, exceto usar os mesmos personagens.

Mas bom, vamos avançar. Fora esse detalhe, o episódio foi simplesmente ótimo.

O CPF escolhido foi de uma pessoa que, na verdade, não existe. O escolhido foi um codinome de um espião alemão que fazia parte da Stasi, o principal órgão de inteligência da Alemanha Oriental (tipo a CIA). Um dia, a chapa começou a esquentar lá na Alemanha e o espião foi fugir com sua mulher. Seus antigos companheiros de equipe traíram o rapaz e ele acabou preso e sua mulher morta num acidente.

Depois de mais de 20 anos, o homem conseguiu escapar da prisão e foi atrás de sua vingança. Ou seja, o escolhido da vez não é uma vítima e sim o culpado.

Pela primeira vez na série, o Reese não conseguiu evitar que o plano do “vilão do episódio” fosse executado. O espião alemão, vivido por Alan Dale (o Charles Widmore de Lost), matou os três membros da equipe e Reese nada pôde fazer para evitar. O máximo que ele conseguiu foi tirar a mulher do cara da cidade antes que ele também a matasse.

Eu gosto quando séries apresentam versões alternativas do seus personagens. Ulrich Kohl é uma versão alternativa de Reese. É um Reese que nunca chegou a encontrar um Mr. Finch. Claro que ainda é cedo para dizer, mas pelo que nós já temos do passado do Reese e de algumas especulações, dá pra presumir que o personagem foi, de alguma forma, traído pelo governo, provavelmente envolvendo a vida da sua ex-namorada.

Kohl tinha seus três ex-companheiros para culpar. Então ele sobreviveu com esse pensamento de vingança por 27 anos. Nós não sabemos o que aconteceu com Reese e nem se ele “se vingou” (se é que tinha alguém pra se vingar). Assistindo o episódio, eu gosto de acreditar que sim, ele se vingou de alguém por alguma coisa e foi assim que ele acabou como um mendigo em Nova York. Acho que após se vingar de quem quer que seja, Reese percebeu que isso não trouxe de volta a sua “ex-namorada” (estou supondo aqui) e nem diminuiu a sua dor. Em muitas formas ele se relaciona com Kohl e acredito que foi  uma das razões para ele querer parar o espião alemão.

No fim, Kohl forçou Reese a atirar nele, já que ele nunca mataria sua mulher. Foi um “suicídio passivo”, se é que existe esse termo. Se vocês lembrarem do piloto, o Reese bebia muito, provavelmente na esperança de se punir. Outro tipo de “suicídio passivo”.

Resumindo: o episódio foi ótimo, mergulhamos um pouco mais no misterioso passado de Reese, tivemos ótimas atuações, drama e ação em boas quantidades e, mais importante, bom entretenimento. Enquanto todos os episódios forem tão bons assim, eles podem esquecer um pouco o Elias. Mas só um pouco.

Promo do próximo episódio:

A série vai entrar em um hiato de, pelo menos, duas semanas e só deve voltar no dia 8 de dezembro, lá nos EUA.

Episódios anteriores:

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O futebol além dos campos

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The Handmaid’s Tale – Review – 1ª Temporada

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Desventuras Em Série – Crítica – 1° Temporada

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