Review | Person of Interest 1×03: “Mission Creep”

Person of Interest vem ao seu terceiro episódio mais cheio de ação do que nunca e mais cheio de falhas do que nunca. Ainda assim, se manteve como um entretenimento razoável.

Spoilers abaixo:

Bom, chegamos ao terceiro capítulo de Person of Interest. A audiência vem sendo boa e a série vem caminhando bem. Continuando a alternância entre foco nos protagonistas (o piloto deu mais atenção para Reese, o segundo para Finch) o terceiro episódio é mais focado em Reese (Jim Caviezel) de novo. Nós descobrimos mais do seu passado e um pouco do que aconteceu com a loira que estava com ele no piloto.

Um resuminho básico: o dono do número que a máquina entrega essa semana é Joey, um ex-soldado que lutou no Iraque e no Afeganistão. Enquanto o investigava, Reese descobre que ele faz parte de uma gangue que assalta bancos e outros lugares e, invés de levá-lo à polícia, decide descobrir o que se passa nessa história.

Achei bem interessante o recurso de usar uma só cena do passado do perosnagem em pedaços pelo episódio, criando um paralelo com o outra trama do episódio, a do caso da semana. A história de Joey, seu relacionamento e sua culpa, é colocada em contraste com a de Reese, seu relacionamento e, pelo que deu pra notar, sua culpa. Enquanto Joey teve a mulher para esperar por ele e depois decidiu viver com ela, com Reese as coisas não foram bem assim.

Achei que foi uma das boas partes do episódio. Além disso, tivemos bastante ação com os roubos à bancos e cassinos que o grupo de Joey organizava. Na verdade, tivemos ação sem ter ação, com cenas que na verdade pouco tinham de ação, mas que transmitiam bem a sensação pro espectador. Um dos pontos à elogiar em Person of Interest é a qualidade da produção da série. Não há efeitos ruins, não há cenas mal feitas. Eles preferem adotar um estilo diferente pra economizar em algum ponto, mas vão fazer bem feito.

Como nem tudo são flores em Nova  York, o episódio também mostrou alguns pontos bem falhos. O primeiro, o furo na trama da semana. A máquina descarta como irrelevantes assassinastos e sequestros, certo? Assaltos à bancos, como o próprio Mr. Finch (Michael Emerson) diz, vão pra pilha de casos relevantes. Então, não foi por isso que o CPF de Joey saiu. Considerando que o assassino só parece comentar a morte quase no fim do episódio, vamos supor que ele já tinha comentado no telefone antes, ok? Se ele falou de Joey, deve ter falado dos outros dois (Straub e o outro cara que nem teve nome). Reese salva Joey, mas dane-se os outros, né? Só por que um tinha problemas com jogo e o outro era coadjuvante mesmo, eles podem morrer? Achei uma falha de ideologia da série.

O outro defeito é a péssima participação da Detetive Carter (Taraji Henson) na série. Eu nem comentei dela nas reviews anteriores porque já estava ruim, mas vem piorando. Se ela é dos Homicídios, por que ela se envolveu num caso de Roubos? Foi bem forçado. Além disso, a atriz vem atuando mal e a personagem por si só está bem deslocada e não-natural na série. Talvez no futuro ela comece a ser bem aproveitada.

Por fim, temos um vilão para a série? Parece que temos. Alguém bem misterioso matou Latimer nesse episódio e nós vimos que ele queria recuperar algumas provas de um assassinato. Mr. Finch ficou de investigar e pode ser o primeiro indício de uma trama da temporada na série. Vamos torcer.

Confira a promo do próximo episódio:

Episódios anteriores:

Person of Interest 1×01: “Pilot”

Person of Interest 1×02: “Ghosts”

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