Após um longo hiatus, Misfits inicia a sua terceira temporada, a primeira sem o ator Robert Sheehan, que vivia o personagem Nathan. Eu seu lugar, entra na série Rudy, vivido pelo ator Joe Gilgun.
Será que o grupo de desajustados vai manter a mesma força de antes?
As séries britânicas normalmente não funcionam como as americanas. Enquanto nos EUA, uma temporada dura uns 22 episódios e tem muita água por baixo da ponte, as temporadas britânicas tendem a ser mais curtas e diretas. Misfits por exemplo, só tem 6 episódios. Por isso, era de se esperar que eles viessem com força total, por isso eu não sei bem se gostei ou não desse episódio.
Bom, antes de expor minha opinião, vou contar logo a parte mais divertida: os novos poderes. Na última temporada, todos os personagens venderam seus poderes e depois compraram novos. Simon (Iwan Rheon) perdeu sua invisibilidade, mas agora ele pode ver o que vai acontecer. Mais ou menos como: “o que acontecerá se eu fizer isso?”. Infelizmente esse poder não explica como o Simon do futuro podia tocar na Alisha (Antonia Thomas) com o antigo poder dela. Falando em Alisha, agora ela pode ver através dos olhos de outras pessoas. Vista em primeira pessoa e tal. Kelly (Lauren Socha) pode projetar foguetes e Curtis (Nathan Stewart-Jarrett) pode trocar de sexo. Ah, o Rudy cria um clone dele mesmo, que vive remoendo o passado.
A parte óbvia dos novos poderes é que eles são fruto do desejo de cada personagem afinal, eles compraram estes porque quiserem (exceto o Curtis que ficou com aquele porque foi o que sobrou). A parte menos óbvia é como isso se relaciona com os personagens. Antes, os poderes eram uma representação de como eles se sentiam, certo? Simon se sentia invisível, Nathan invencível, a Alisha gostosona, o Curtis queria mudar o seu passado e a Kelly era insegura e queria saber o que os outros pensavam dela. Daí vieram os poderes deles. Agora, como eles compraram, é mais claro que os poderes se relacionam com o que eles querem. O Simon quer proteger o grupo (mais a Alisha claro, mas entra muito no lado dele que é meio que o líder-não-oficial e coisa assim), a Kelly só queria ser esperta, a Alisha se preocupa como ela é vista (e lembrada!) e o Curtis ficou sem opção ¯\_(ツ)_/¯.
Não, é sério. É interessante ver por essa perspectiva. Os personagens já evoluíram a ponto dos antigos poderes se tornarem obsoletos e a série não deixou de acompanhar.
Agora, sobre o novo personagem, o Rudy. O poder dele é viver com um clone dele mesmo (que pode ter um corpo próprio ou viver dentro dele, depende da situação), que fica remoendo os piores momentos da vida do personagem. O personagem é legal sim, embora ele “”normal”” lembre MUITO o Nathan. É quase um Nathan II, mas o “clone” torna as coisas mais interessantes, mostrando o lado frágil do personagem. Meu palpite é que esse seria o poder do Nathan nessa temporada. Sério, parecem muito! E vocês chegaram a reparar como o Nathan tem um lado mais inseguro, com medo de se ligar à alguém, que ele sempre tentou esconder? Eu realmente acho que era pra ele ser assim. Maas, como não deu, ficou pro Rudy mesmo. Ah, e o Joe Gilgun dá conta do recado. Ótimo ator!
Pra terminar, só lamento profundamente a morte das duas gatinhas. A vilãzinha era bonitinha, dava um caldo. Pena que era maluca. A outra? Além de ser boa como o milho, ainda gostava de… bom, vocês viram do que. Garota pra casar…
Promo do próximo episódio: