Review | Dexter 6×07: “Nebraska”

Numa das suas crises psicológicas mais sérias já vista, Dexter vai pra farra com a alucinação do seu irmão, é visto por muita gente, confessa um crime e deixa muitas e muitas pistas para trás.

Ah, tem a volta da família Trinity também. Spoilers abaixo.

Após matar Niko no último episódio, Dexter reencontra seu irmão, o Assassino do Caminhão de Gelo. Ou melhor, uma alucinação do seu irmão.

Que o personagem não batia lá muito bem da cabeça, não é novidade nenhuma. Afinal, ele vive vendo o pai dele. A questão é que as alucinações com o pai dele são “controladas”. É mais uma conversa dele com a sua consciência, uma conversa “sã”, na medida do possível. Já a alucinação com o seu irmão Brian foi algo fora do controle. Eu acredito que tenha sido algo intencional dos roteiristas da série, mas o Brian pareceu muito mais vivo do que o Harry parece normalmente. Fora de controle, impulsivo, assassino. Nunca a metáfora do Dark Passenger ficou tão evidente quanto nesse episódio. Literalmente.

Brian representou nesse episódio a escuridão de Dexter liberada. A mesma escuridão que ele guardou por tanto tempo e que soltou no último episódio matando Niko, foi que criou Brian (é, a roupa preta do Brian e clara do Dexter era uma indicação sim), e que moveu o episódio. Ainda bem que o Harry conseguiu criar travas no Dexter tão profundas, que o fez ser capaz de suprimir essa escuridão quando foi preciso.

O serial killer favorito da América ganhou uma tarde de folga da sua tenente Debra, que por acaso é sua irmã também, após ouvir que o Trinity tinha voltado e matado sua mulher e sua filha. Claro que a Debra não sabe, mas era impossível o Trinity ter matado as duas mulheres, já que ele foi morto por Dexter. O principal suspeito vira Jonah, o filho de Trinity que diz ter visto o pai assassinar a mãe. Então Dexter resolve pegar 5 dias de folga (ainda vão custar caro) e atravessar parte do país de carro para trazer Jonah à sua justiça. O problema é que o descontrole do personagem, guiado pelo seu irmão, gerou imensas pistas para trás e o episódio fez questão de notá-las. A garota com quem ele transou na loja, a arma que ele roubou e tem as digitais, o registro no Motel de beira de estrada, a chave do quarto, a morte do dono do Motel, os tiros pela estrada, a vizinha de Jonah e o próprio Jonah. Eu vou ficar MUITO surpreso se nenhum desses elementos voltar à série para atormentar o Dexter. Ele confessou para Jonah ter matado o Trinity. Tudo bem que o garoto também matou a mãe (a irmã se matou) e se ele contar sobre Dexter, ele acaba preso também. Mas vocês lembram a última frase dele: “Como eu vou viver com isso?”. Ficaremos de olho.

Os outros núcleos da série pouco tempo tiveram, mas fizeram bons avanços. A Polícia achou a “prostituta” que Travis liberou no último episódio e agora já sabe que são dois assassinos (acredito que quando essa informação vazar, fará com que Travis volte a trabalhar com Gellar). O novo estagiário de Masuka (que com certeza tem um nome, embora ele não fique fixo na nossa cabeça) está namorando com Jamie e realmente criando um jogo sobre o Departamento de Polícia de Miami. Será que o Showtime vai liberar esse game pra gente jogar? O que importa é que o rapaz conseguiu delimitar à 200 os suspeitos de serem os ajudantes de Gellar. Enquanto isso, Debra faz as pazes com Quinn, ou o mais próximo disso, e briga com LaGuerta, ou o mais próximo disso. Baptista apareceu mais no videogame do que em carne e osso.

Já os nossos vilões enfrentam um problema na relação. Travis não quer mais participar da brincadeira de Deus e, mesmo após ameaças de Gellar, resolveu pular do barco sagrado. O Professor ficou de falar com o “chefão” pra conseguir a carta de demissão do garoto, enquanto ele segue sozinho os planos. A parte boa é que a prostituta afirmou que o Professor tocou nela e ela sabia que existiam duas pessoas enquanto estava sequestrada. Acho que isso fecha a nossa teoria de que ele seria uma alucinação, né?

Promo do próximo episódio:

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