Review | Chuck 5×03: “Chuck vs The Frosted Tips”

Não é nada, não é nada, mas Chuck parece finalmente ter entrado nos trilhos pra fechar de vez uma idéia não tão boa e poder seguir em frente com a temporada. Com mais uma dose de Matrix, claro.

Spoilers abaixo.

Imagine que você é um showrunner de uma série que está com sérios riscos de ser cancelada. Você sabe que tem uma base de fãs fiéis razoavelmente grandes e que já salvaram a série uma vez. Como você termina a sua atual temporada?

A resposta de Josh Schwartz e Chris Fedak à essa pergunta foi fazer a situação mais estapafúrdia e inacreditável possível, criando assim o ultimate cliffhanger 2.0 (o 1º foi o primeiro e clássico “Guys, I know Kung-Fu”). Morgan tem o Intersect! Os dois showrunners jogaram com a situação, confiando que os fãs ficariam malucos o suficiente pra fazer campanha e tudo mais e garantir a nova temporada. Funcionando ou não, seja lá o que aconteceu nas salas de reuniões da NBC, Chuck ganhou a sua última temporada.

Aí começou o problema dos dois showrunners: Morgan com o Intersect funciona bem pra caramba como cliffhanger, mas como história? Quais as possibilidades? Ele virar o protagonista? Ele dividir o Intersect com Chuck? Eu acredito que após analisar todas as alternativas, Schwartz e Fedak chegaram a uma conclusão: Morgan não funciona com o Intersect então é melhor deixar o público com raiva disso pra retirar logo.

Depois de dois episódios quase entediantes, Chuck finalmente “resolve” essa situação. No fim do episódio passado, nós vimos que Morgan começou a mudar sua personalidade por causa do Intersect e traiu Chuck indo procurar emprego na empresa de Gertrude Verbanski. Como ele contou que tem o Intersect, ele logo conseguiu a vaga e o choque com a Carmichael Industries foi inevitável.

Como todos nós já esperavamos, Chuck conseguiu fazer Morgan acordar e “vencer” o Intersect, voltando a ser ele mesmo. o problema foi como isso aconteceu: uma boba história sobre a adolescência dos dois. Por um lado, é Chuck e é assim que as coisas funcionam. Tem bastante comédia e sentimentalismo e a série nunca prezou por ser séria ou extremamente verossímel. Por outro lado, mesmo considerando tudo isso, não funcionou como desfecho. Mas pelo menos foi um desfecho.

Enquanto essa trama se desenvolvia, John Casey levava o episódio nas costas com as cenas de humor, como por exemplo quando ele planta uma câmera e uma escuta em Gertrudes pra saber do que ela gosta, ou em cenas mais “sérias”, como quando ele recupera as informações do caso (que de tão inexpressivo eu nem o citei até agora) e a sua arma do escritório de Verbanski.

No núcleo da Buy More (agora agrupando Devon e Ellie), o Capitão Fantástico tem de ficar com a sua filha por um dia, só que ele não sabe bem como matar o tempo. Numa visita à Buy More, ele acaba descobrindo a razão do Jeff ser tão… bem, tão Jeff.

A perspectiva para o próximo episódio é boa, já que como Morgan deu com a língua nos dentes, agora a CIA está caçando-o para eliminá-lo. Provavelmente será assim que ele perderá o Intersect. Resta saber se Chuck ficará com o programa ou se ninguém ficará com o programa.

Algumas considerações finais: a cena com Morgan, Chuck e Beckman no estacionamento foi uma das mais engraçadas da série; o momento Matrix com Bullet Time foi awesome; alguém dê algum destaque para Sarah Walker. Ser coadjuvante para o Casey e para o Chuck não a faz ser principal. Mas a pseudo-catfight com Gertrudes foi legal.

Promo do próximo episódio:

Episódios anteriores:

/Games

O futebol além dos campos

/Séries & TV

The Handmaid’s Tale – Review – 1ª Temporada

/Séries & TV

Agents of SHIELD – Review – 4° Temporada

/Séries & TV

Desventuras Em Série – Crítica – 1° Temporada

/BananaBooks

Resenha de Como Tatuagem, de Walter Tierno

/BananaBooks

Resenha de Além-Mundos, de Scott Westerfeld