Review | Person of Interest 1×13: “Root Cause”

Spoilers abaixo.

Em Root Cause, Person of Interest mostrou ser uma série que não tem medo de tentar modelos diferentes para fazer a mesma coisa de sempre. A série possui uma estrutura de desenvolvimento muito fixa: cada episódio começa com Mr. Finch (Michael Emerson) entrega um novo número de CPF para Reese (Jim Caviezel), nós começamos a acompanhar o ex-agente da CIA seguindo o novo alvo, somos expostos ao ambiente onde o dono do CPF vive, Carter (Taraji Henson) e Fusco (Kevin Chapman) eventualmente se envolvem e tudo acaba bem no final.

Porém, contudo e todavia, a série busca novas maneiras de fazer isso. Em algumas ocasiões, nós sabemos logo quem quer matar quem e porque e então vemos Reese salvar o dia. Em outros casos, somos surpreendidos ao descobrir que o vilão era a vítima.  Existem ainda situações onde a série apostou na tentativa de enganar o espectador, fazendo-o acreditar que um personagem era o vilão, quando era outro na verdade. Nunca funcionou.

Nesse episódio, a aposta fica em um novo modelo. Foi quase como se a série dissesse: “Ok, a gente não conseguiu enganar vocês antes, então vamos ser mais simples e jogar limpo”. Funcionou muito bem. Em Root Cause, o dono do CPF escolhido pela máquina é Scott Powell, um funcionário público que perdeu o emprego por causa das ações de um candidato à deputado nos EUA. Não demora muito para Finch e Reese descobrirem emails de ódio e ameaças vindas de Powell para o tal deputado e, quando o deputado é assassinado publicamente e todas as evidências apontavam na decisão de Scott, o caso parecia encerrado. O problema é que ele não era o culpado.

Nesse ponto o episódio dá uma volta de 180º graus e começa a subir no nosso conceito. A série introduz uma rival para Finch: Root, uma super-mega-hiper hacker que consegue ludibriar até mesmo o criador da Máquina e é a responsável, indiretamente, pelo assassinato do deputado. Root havia sido contratada pelo sócio do candidato para cuidar do assassinato dele, escolhendo Powell como bode expiatório. Aí, foi questão dela hackear a internet do rapaz, falsificar os emails e armar todos os acontecimentos para que ele fosse considerado culpado.

Aliás, Root conseguiu duas façanhas até então não conseguidas por ninguém: enganou Mr. Finch e enganou a Máquina. Ok, tem a desculpa do “mas a vida de Powell ainda estava em perigo”, mas ela enganou a Máquina e ponto final. Até porque fazia mais sentido ela dar o CPF do candidato a deputado do que do bode expiatório. Mas eu estou fantasiando, eu entendi a explicação dada pela série.

Para concluir sobre o caso da semana, vamos precisar relembrar algo que eu escrevi numa das reviews anteriores: “Uma das coisas boas foi a tal Morgan. Carismática, larápia, sempre com uma carta na manga, ela é uma espécie de Reese de saias. Uma personagem 50 mil vezes mais interessante que a Detetive Carter e que deveria virar efetiva na série. Vamos fazer uma petição!“.

Pois é, eu peço para a dona Zoe Morgan (Paige Turco), que apareceu no sexto episódio da temporada, voltar a aparecer e, pouco tempo depois, ela volta a aparecer! Amigo Jonathan Nolan, eu já sei que você lê o Supernovo. Obrigado pela preferência, me mande um email para que possamos discutir mais idéias sobre a série, ok?

Falando sério agora, acho que era unânime que a tal Zoe Morgan poderia fazer mais uma aparição durante a temporada. Ela é uma personagem muito útil, pois é quase como uma versão feminina de Reese, só que com habilidades de larápios que o Jim Caviezel não tem. Eu gostei muito de vê-la novamente e não duvido que ela volte a aparecer nas próximas temporadas (a série ainda não foi renovada, mas parece que é questão de tempo).

Por fim, temos uma nova vilã na parada. Claro que Root consegue escapar ilesa da brincadeira, mas não sem antes escolher Mr. Finch como um adversário à altura. Gostei do nosso querido Harold ganhar uma Nemesis também, mas espero que a série não esqueça da existência de Elias. Uma coisa que tem me chamado a atenção são os “vilões da temporada” já mostrados: Elias, os caras da CIA atrás do Reese, a própria Carter (não acredito mas também não descarto uma recaída) e agora a Root. Ah, e não podemos esquecer de Will, o filho do ex-sócio do Mr. Finch. Não sabemos como ele vai se desenvolver ainda. Como nós confiamos na equipe por trás da série, vamos aguardar.

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