Review | Game of Thrones 2×03 “What is Dead May Never Die”

But rises again, harder and stronger!

Em Game of Thrones, existe um costume bem interessante. Eu não sou um historiador de primeira, mas imagino que seja um costume comum na Idade Média. Quando a guerra começa, quando o combate efetivamente começa, quando o inimigo é avistado, um soldado soa  uma trombeta pra anunciar aos outros soldados o que vem por aí.

What is Dead May Never Die é a trombeta dos confrontos na série, é o início dos combates físicos e psicológicos. O jogo dos tronos é jogado com uma espada na mão e uma palavra na ponta da língua.

Começando do final, like a curupira, nós finalmente vemos a cena em que o caldo entorna para Arya, Gendry, Torta Quente e Yoren da Patrulha do Norte. Aqueles soldados do reino que vimos no episódio anterior voltam, dessa vez acompanhados de amiguinhos da Casa Lannister e o bicho pega. Não pega tanto quanto pega no livro, eu realmente senti falta de ver Arya lutando e gritando “Winterfell!” e Torta Quente gritando “Torta Quente!”, mas não posso reclamar muito de como tudo foi feito. Agora os garotos se dirigem como prisioneiros para Harrenhal.

Harrenhal que, por acaso, foi prometida à Mindinho, numa ótima jogada do sagaz Tyrion Lannister. O Duende pode dever um pouco no manuseio da espada, mas ele joga o jogo dos tronos muito bem com a ponta da língua. Além disso, ele possui Bronn e os selvagens pra usar a espada por ele.

Tyrion preparou um pequeno jogo com Varys, Mindinho e Meistre Pycelle. Ele disse para cada um deles que iria casar a Princesa Myrcella com um rapaz diferente e esperou para ver qual deles entregaria a informação para Cersei. Com um pequeno truque, Tyrion tirou mais um membro do Conselho que é fiel à sua irmã. Como Mindinho não gostou da brincadeira, Tyrion agora deve passar a confiar mais no eunuco Varys.

Nas Ilhas de Ferro, Theon Greyjoy é colocado ante uma encruzilhada: será ele fiel aos Greyjoy ou aos Stark? O sangue falou mais alto na decisão do garoto, que decidiu atacar o Norte com seu pai e sua irmã. Como se Robb Stark, o Rei do Norte, não tivesse problemas o suficiente tendo de se preocupar com o patriarca dos Lannisters e com os irmãos Baratheon. Mas a decisão não veio fácil para Theon, que discutiu feio com o pai e chegou a escrever uma carta para Robb avisando-o do plano. Mas a natureza gananciosa de Theon falou mais alto, ao meu ver. Acredito que ele considerou que, caso contasse à Robb o que vem por aí, teria de viver para sempre com os Starks, recebendo no máximo um título de Cavaleiro quando acabasse a guerra e se os Starks ganhassem. Se ficar com seu pai, Theon pode se tornar o herdeiro das Ilhas de Ferro e do Norte, caso os Greyjoy vençam a batalha.

Na última resenha, eu citei que finalmente conheceríamos Brienne, a Bela. A garota compensa a falta de atrativos físicos pela incrível capacidade de luta, derrotando Sor Loras, um dos mais fortes combatentes de Westeros. Mas o tempo que passamos no acampamento de Renly Baratheon foi importante por outro motivo.

Nós tivemos duas cenas que não estão no livro e encaixam com o que os showrunners estão tentando passar na série. Durante a semana passada, os showrunners de Game of Thrones disseram que o objetivo deles é adaptar a obra de George R.R. Martin como um todo e não um livro por temporada. Por isso, é preciso que vejamos cenas como a relação de Renly com Sor Loras e com sua noiva Margaery Tyrell (irmã de Sor Loras, por acaso).

Nos livros, há sempre uma suave indicação da verdadeira sexualidade de Renly. Essa indicação não caberia na série, pois é feita em comentários discretos, observações pontuais. Uma cena como essa, que nos transporta para dentro do quarto do Rei, ajuda os espectadores a entender a natureza do personagem.

Veja a promo do próximo episódio:

http://www.youtube.com/watch?v=HC_tKUCPCR8

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