Review | Max Payne 3

Max Payne 3

Eu estava sentado no bar há três horas, ou cinco horas, depende de como você olha para as coisas. – Payne, Max

Max Payne volta aos palcos quase 10 anos depois de seu último título. Desta vez mais velho, mais acabado, mais afundado no álcool do que nunca. Depois de matar Vladimir Lem e perder seu emprego na NYPD por trabalhar junto com Mona Sax, uma criminosa, Max completamente dependente de álcool e analgésicos, é convidado por Raul Passos, um ex-colega de acadêmia, a trabalhar com segurança privada de uma família de milionários no Brasil. Max é relutante mas acaba aceitando o emprego e fazendo dupla com Raul na segurança.

Em São Paulo, Max e Passos trabalham para a família Branco, composta por três irmãos: o empresário Rodrigo, o político Victor e o baladeiro Marcelo. No ínicio da história, em uma festa na casa de Rodrigo, ele e a esposa Fabiana são sequestrados por uma gangue chamada Comando Sombra e neste instante começa a saga de Max em busca dos sequestrados e da verdade.

Max Payne 3

Diferente das críticas, eu achei uma São Paulo bem ambientada, as pessoas falando português, a não ser quando era um diálogo direto com Max, mas ainda assim de vez em quando víamos uma palavrinha em português no meio das frases, até Max se arriscou no português em uma cena. As favelas estavam muito bem concebidas, não se pareciam com favelas do Rio como foi criticado antes do jogo ser lançado. A mesma coisa o tal do Baile Funk tão comentado, que jogando você vê que nem era um Baile Funk, mas enfim, só jogando para perceber. Uma boa sacada da Rockstar foi a inclusão de uma missão em um prédio abandonado, uma favela vertical, como o Edifício São Vito, quem é de São Paulo vai reconhecer. As diferenças sociais da capital paulista também foram bem retratadas como na cobertura dos Branco, provavelmente no Morumbi (o game não usa os nomes reais) e que faz divisa com uma favela, provavelmente Paraisópolis.

Max Payne difere dos outros jogos famosos da Rockstar por não ser “mundo aberto” e sim por ter uma história linear. Recheado de belíssimas cutscenes, do melhor que eu já vi em jogos da nova geração, como um aspecto de histórias em quadrinhos em determinados pontos, e uma ambientação de alucinação quando confrontamos um Max Payne bêbado.

O roteiro do game foi escrito por Dan Houser (toda a franquia GTA) é o ponto alto da sua experiência na jogabilidade, muito bem amarrado, surpreendente e recheado de cenas de ação. Aliás, o roteiro é feito para você se sentir um astro dos filmes de ação dos anos 80/90 fazendo o impossível com um pistola semi-automática. Com a trama bem amarrada, usando de recursos em flashback, seja em cutscenes com narração do próprio Max ou então em cenas jogáveis. A história além de ser uma grande trama policial, com muito suspense, ainda é bem explicativa, e você não fica perdido nela, o que é muito importante para te segurar em frente à TV. É o ponto forte do jogo, definitivamente, se não fosse a grande história por trás, era mais um shooter meia-boca.

A falta de complicações, pode ser visto por alguns com um defeito. Você apenas faz o que o jogo te pede para fazer e acompanha a história de Max, que é linear, ou seja, você não pode decidir nunca qual caminho tomar. Mas eu não vejo isso como um problema, pois o roteiro segura a bronca e banca o jogo como um ótimo divertimento, os gráficos sensacionais ajudam e a experiência se torna muito agradável, mesmo que sua contribuição seja apenas em como matar e não quem matar. Afinal, everybody has to die, estágio após estágio.

Os gráficos de Max Payne 3 são um show à parte, se você viu trailers já percebeu que o jogo é belíssimo e como eu já falei, as cutscenes também são sensacionais. A jogabilidade também é bem acessível, o bullet time é fácil de praticar, o sistemas de cover também funciona muito bem, o pulo em bullet time também é ótimo. A variedade de armas existente no jogo também é de se louvar, dificilmente deixando Max sem sua melhor amiga, a bala.

Screenshoot Max Payne 3

Além de tudo isso, Max Payne 3 ainda conta com um multiplayer para alegrar a moçadinha. Estilo clássico dos shooters, Deathmatch com uma variaçãozinha ou outra. Nada de diferente, mas divertido na mesma.

Com gráficos ótimos, jogabilidade bem divertida, um roteiro sensacional esse é Max Payne 3, um jogo que vale 5 estrelas, te prende ao console, te faz sentir o Max em pessoa. Valeu a pena esperar todo este tempo.

O jogo saiu para PC essa semana, para comprar clique aqui. Se você é dos consoles, pode comprá-lo para Xbox 360 ou PS3.

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