Um dos principais hackers em ação nos servidores de League of Legends foi preso recentemente pela polícia australiana e deverá começar a ser julgado no dia 24 desse mês ainda. Entre os seus feitos, estava o controle sobre cerca de 24,5 milhões de contas do game, a venda de skins especiais descontinuadas do jogo e outros negócios que lhe renderam cerca de $1000 dólares POR DIA.
Chamado Shane Duffy, o hacker é um australiano de 21 anos, que foi educado de casa desde a quarta série por ter Síndrome de Asperger. Após um ataque de força bruta (que é basicamente testar todas as combinações possíveis de senha até acertar) contra a conta de um membro da Riot Games, Duffy conseguiu acesso aos servidores da empresa e pôde controlar cerca de 24,5 milhões de contas até a Riot perceber a falha.
Quando ele conseguiu esse acesso, Duffy (que usava o nome de guerra de Jason) começou a fazer algumas “traquinagens digitais”. Uma das mais famosas foi transferir a conta de um dos mais famosos jogadores de League of Legends (Phantomlord) para um servidor no Brasil durante um dos streams do cara no Twitch – assim, o game dele começaria a dar muito lag. Ele também começou a aparecer nos streams de outros jogadores, ameaçando revelar informações pessoais desses jogadores, além de obter privilégios de administrador nos fóruns oficiais de League of Legends e editar posts de moderadores para confundir a comunidade (porque a zoeira não podia parar, eu imagino). Eventualmente, Duffy chegou a entrar no perfil do Twitter do presidente da Riot para divulgar informações sobre um game da empresa que ainda não havia sido anunciado que ele encontrou durante suas aventuras nos servidores da Riot.
Ele foi preso em Março desse ano pela Unidade de Cybercrimes Australiana quando começou a vender Skins Legado que haviam sido descontinuadas (e que ele obteve ilegalmente, claro) por valores que iam dos $200 aos $800 dólares. Depois que ele saiu da cadeia pagando fiança, ele criou um site chamado LoLip-op.com, onde as pessoas podiam pagar para tirar do jogo qualquer uma das 24,5 milhões de contas que ele controlava ou até mesmo montar ataques DDoS em adversários durante as partidas. Esse site gerava mais ou menos $1000 dólares por dia para Duffy e levou a polícia australiana a ir atrás do cara de novo – e eles encontraram cerca de $110 mil dólares em Bitcoins sob controle do cara.
No momento, Shane Duffy está proibido de visitar a Internet e seu julgamento deverá acontecer no dia 24 de Julho – vulgo, amanhã.
Via Polygon