O Incrível Hulk – Crítica

O ano era 2008. A Marvel Studios tinha acabado de estrear no mundo da produção de filmes com o ótimo Homem de Ferro. Um mês depois, estreiava no cinema O Incrível Hulk, estrelado por Edward Norton e Liv Tyler. Seria esse novo filme melhor do que o de 2003? E mais: seria esse filme capaz de dar prosseguimento ao Universo Cinematográfico da Marvel?

Uma das melhores coisas que se pode fazer em relação à O Incrível Hulk, é vê-lo de novo, depois do furor da estréia. Existem filmes que são ótimos quando se está no clima, mas péssimos depois de um tempo, quando o hype passa. Existem filmes que são bons na época do lançamento e ficam ainda melhores com o distanciamento. Por fim, existem filmes como O Incrível Hulk: decepcionam um pouco quando sai no cinema, mas ao vê-lo novamente, anos depois, não são tão ruins quanto a gente se lembrava.

O Incrível Hulk peca em dois pontos, pelo menos pra mim: os efeitos são fracos e a retratação brasileira no filme é sofrível. Primeiro o que vem no começo: a retratação.

O português gringo dos atores do filme é super sofrível e chega a ser cômico e a Marvel mistura um lugar real (favela da Rocinha) com um lugar irreal (cidade de Porto Verde). Parece coisa pequena (e é!), parece coisa que não atrapalha quem não é brasileiro (e não atrapalha!), mas me atrapalhou.

Já os efeitos, em 2008 não dava pra fazer algo melhor? Talvez não com o orçamento de $150 milhões de dólares do filme. Em todo caso, o Hulk ficou bem fraquinho e o Abominável está um pouco melhor, mas não muito também. A própria filmagem do longa usa de de truques como a escuridão e ângulos de câmera para disfarçar os efeitos precários nos dois gigantes.

Desconsiderando os efeitos e a abrasileiração do flime, O Incrível Hulk se torna numa HQ do Gigante Esmeralda no cinema. Com o ponto alto da boa performance de Edward Norton (O Clube da Luta) e a bela presença de Liv Tyler (O Senhor dos Anéis).

No começo, eu citei que o filme não parece tão ruim quanto a gente se lembrava. Acho que acontece porque eu me decepcionei muito com os defeitos acima citados na época de lançamento do filme. Depois de reassísti-lo, o longa me surpreendeu bastante por ter uma história contada num bom ritmo, com um protagonista que consegue ser cativante.

Tim Roth (Lie to Me) como o Abominável pode não ser o vilão mais fodão ou perigoso de todos os filmes da Marvel até aqui. Aliás, ele é um dos vilões mais respeitáveis do Hulk nos quadrinhos e sua adaptação para as telonas não faz jus ao atos do Abominável nas HQs. Porém, contudo e todavia, assistindo com o humor certo, o Abominável se torna no vilão certo para o filme certo.

O Incrível Hulk é, na sua essência, um filme pipoca pra quem não é fã da Marvel. É um filme pra que não lê quadrinhos dizer “Olha, até que esse tal de Hulk aí é legal e tal”. Quem acompanhou o Gigante Esmeralda nos quadrinhos durante muito tempo, pode torcer o nariz na primeira vez que assistir ao filme. Mas depois vai acabar relevando e se divertindo durante os 112 minutos de projeção.

Ah, e que cena pós-créditos é aquela? :)

/Games

O futebol além dos campos

/Séries & TV

The Handmaid’s Tale – Review – 1ª Temporada

/Séries & TV

Agents of SHIELD – Review – 4° Temporada

/Séries & TV

Desventuras Em Série – Crítica – 1° Temporada

/BananaBooks

Resenha de Como Tatuagem, de Walter Tierno

/BananaBooks

Resenha de Além-Mundos, de Scott Westerfeld