O filme estreia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros, eu já assisti há duas semanas na estreia internacional, e bem, devo admitir que o longa é mais do que eu esperava, isso na minha singela opinião. Vamos aos fatos do ocorrido:
Para começar, o filme não tem o aspecto que marcou a franquia. Isso é bom. Ou não. Depende do seu carinho pela obra cult, eu particularmente nunca gostei, e esse foi o ponto que mais me agradou neste novo Planeta dos Macacos. Vamos conhecer a narrativa do filme:
No mundo contemporâneo, o jovem cientista Will Rodman (James Franco) está a frente de um grupo de pesquisadores que desenvolvem experimentos genéticos em macacos. Uma de suas experiências é o símio César (Andy Serkis) que com sua super inteligência vai liderar uma rebelião contra os humanos.
O filme tem uma história até que bem estruturada, apesar de não ser criativa ao extremo, mas a trama é envolvente, peca um pouco no ritmo, muito cadenciada no começo, explicando o drama familiar de Will, a doença do pai, o desespero por descobrir a cura, a relação com o macaco César, os conflitos internos de César, isso tudo consome muito tempo do filme, e para quem está ali talvez pela cenas mais rápidas, com mais ação, isso pode ser um obstáculo. A sequência que encerra o filme, o momento da revolta dos macacos, é um pouco rápido demais. Ou seja, lento no começo, rápido no fim. Mas não acho que estrague o resultado final.
Agora por partes, a se destacar acima de qualquer coisa, o CGI do filme, absolutamente fantástico, do mesmo estúdio que trabalhou no CGI de Avatar, tinha de sair uma maravilha mesmo. Sério que você achou que eram macacos de verdade? Pois é, quase não se nota, se você não sabe, não percebe que é produção digital e não real.
Os atores, quase todos muito bem, Andy Serkis, o ator que dá movimentos à César, está incrívelmente bem, as expressões faciais são realmente muito boas, e ajuda a contribuir para a alta qualidade do CGI fazendo com que o trabalho pareça ainda mais real, não sei quão difícil é interpretar um chimpanzé, mas não deve ser normal, penso eu. Vale Oscar? Brincadeira. James Franco estar bem num filme já não é tanta novidade, a evolução do rapaz é constante. Freida Pinto não compromete. O pai de Will, John Lithgow (Dexter) também está realmente muito bem, numa atuação bem difícil, pois ele oscila momentos de lucidez e falta de memória. Tom Felton (Draco Malfoy) também não compromete, e esteve até bem em alguns momentos.
Pontos ruim no longa eu não consigo achar, assim, realmente ruins acho que nem existem, tanto que o filme foi um sucesso de crítica. Eu como sou um chato, preciso sempre colocar um defeito, e em Planeta dos Macacos: A Origem acho que o único defeito que eu vejo é a velocidade do desenrolar, realmente eu esperava mais ação e menos diálogo, era muito mais legal ver os macacos se rebelando e iniciando uma revolução do que se descobrindo inteligentes, mas a parte da enrolação, por assim dizer, foi necessária também.
Bom é isso, uma ótima pedida para quem gosta de uma boa história, com ótima produção. Para você ver no cinema, vá sem dúvida, e não irá se arrepender.