A CinemaCon, provavelmente a maior conferência sobre cinema no mundo, começou no último dia 24 de Março, em Las Vegas. Durante o evento, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a MPAA (Motion Picture Association of America) revelaram o seu relatório anual sobre a indústria cinematográfica mundial.
Um dos dados mais importantes do relatório é que a bilheteria mundial de 2013 cresceu para $35,9 bilhões de dólares, 4% a mais do que no ano anterior – ou seja, o público gerou mais dinheiro indo ao cinema em 2013. Grande parte desse crescimento veio do “mercado internacional”, ou seja, de todos os países menos o mercado doméstico americano – esses mercados representaram $25 bilhões de dólares em 2013.
Aliás, o maior mercado para lançamentos cinematográficos em 2013 foi a Ásia, em destaque a China, que rendeu sozinha $3,6 bilhões de dólares. Países como Japão ($2,4 bilhões) e India ($1,5 bilhões) colaboram para colocar a Asia como o mercado mais importante de 2013 – o que explica porque a Marvel anda investindo tanto por lá e colocando personagens e atores asiáticos nos seus filmes.
Outro ponto interessante a se notar é a queda da popularidade do 3D, pelo menos nos EUA. Apesar do recurso não estar tão mal na fita, apenas 27% dos cinéfilos de 2013 assistiram à filmes nesse formato – o destaque fica para o público infanto-juvenil (entre os 2 e 17 anos), que teve 47% dos seus integrantes indo ao cinema 3D.
Enquanto os estúdios da MPAA continuam a lançar menos filmes por ano (foram 114 produções americanas em 2013, o menor número em anos e uma queda de 44% em relação à 2006) – em compensação, o bilhete médio para ir ao cinema subiu para $8,13 dólares.
Por fim, há um dado bem interessante levantado pelo senador Chris Dodd, chefe da MPAA: 74% dos cinéfilos frequentes possuem, pelo menos, 4 tipos diferentes de produtos tecnológicos – em comparação apenas 51% da população norte-americana possui esse número de dispositivos. O dado sugere que acesso à tecnologia AUMENTA a propensão das pessoas à irem ao cinema, e não o contrário como alguns acreditam.
Via Deadline