Resenha: Rebelde (Reboot #2), de Amy Tintera

ESSA RESENHA CONTEM SPOILERS DE REBOOT, PRIMEIRO LIVRO DA DUOLOGIA.

Faz mais ou menos um ano que li Reboot, primeiro livro da duologia que termina com Rebelde (confira a resenha aqui).

Amy Tintera deu sequência à história de Wren 178 e Callum 22 basicamente do momento em que termina Reboot, com um grupo de jovens fugitivos encontrando uma “reserva Reboot” onde outros que já saíram dos domínios da CRAH se abrigam. Ali, são recebidos por Micah 163, líder dos reboots livres.

rebelde-leftRebelde começa apresentando um novo conflito: Enquanto Wren queria apenas viver em paz, longe dos humanos e da CRAH, Micah queria usar o poder adicional dos recém-chegados para atacar e dizimar os humanos, tornando os reboots a nova raça dominante; Com a oposição passional de Callum a essa intenção, Wren fica dividida entre fugir das lutas que naturalmente se forçam sobre ela por conta de sua posição de liderança entre os Reboots (como a numeração mais alta e consequentemente mais forte) e se rebelar contra seus iguais para proteger os humanos junto com seu parceiro de fuga.

Um dos fatores mais interessantes do livro foi a apresentação de vários contrapontos: Callum tem seus ideais desafiados pela incerteza de Wren, pela desconfiança e indisposição dos humanos, por sua própria consciência depois de matar durante a fuga no primeiro livro e também por suas emoções em relação a Wren, sabendo das mortes pelas quais ela foi responsável. Os papéis de 178 e 22 se invertem, forçando-o a assumir a liderança em vários momentos e sentir na pele o que é estar sob os holofotes e ser o alvo das expectativas.

Em contrapartida, Wren precisa lidar novamente com as expectativas impostas aos 178 minutos que passou morta, com as amarras que colocou em suas próprias emoções durante os anos junto à CRAH e com a percepção de que não era desprovida de sentimentos, apenas forçada a reprimi-los, assim como todos os reboots, principalmente os de numeração mais alta, que passavam por escrutínio maior. Além disso, ela finalmente tem mais tempo para lidar com as mortes que causou e que não pôde impedir.

Dos novos personagens, vale a pena destacar Riley, o responsável pelo treinamento de Wren quando ela se tornou reboot, que apresenta um ponto de vista único sobre as responsabilidades de ser uma criança tentando evitar a morte de outra, e Addie, a reboot que Wren e Callum resgataram no primeiro livro, que não apenas mostra o quão humano e resiliente um reboot pode ser, mas também constrói um núcleo de sororidade na narrativa.

Assim como o livro anterior, Rebelde é uma narrativa rápida e fácil. Pessoalmente, achei os questionamentos mais interessantes e as inversões de papéis e valores muito bem-vindas. Para quem já leu Reboot, com certeza vale a pena. Para quem estava esperando a obra completa para decidir se deve ler ou não, eu aconselho um parecer favorável. ;D

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